Boa noite galerinha, hoje iremos falar sobre algo muito importante (entenda-se MUITO de verdade), o sono. Se vocês forem como eu, sem dúvidas adoram dormir e odeiam acordar, afinal tirar um bom cochilo é fundamental para reparar o estresse do cotidiano.
Você já acordou durante a noite com aquela falta de ar ou sentiu dor de cabeça e uma hipersonolência diurna? Seus pais, amigos ou namorada (o) reclamam dos seus roncos? Pois é, se você se identificou com uma ou mais características anteriores é melhor ficar alerta, pois é possível que você seja acometido da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS).
Você já acordou durante a noite com aquela falta de ar ou sentiu dor de cabeça e uma hipersonolência diurna? Seus pais, amigos ou namorada (o) reclamam dos seus roncos? Pois é, se você se identificou com uma ou mais características anteriores é melhor ficar alerta, pois é possível que você seja acometido da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS).
A síndrome da apneia obstrutiva do sono é uma doença crônica,
progressiva, incapacitante, com alta mortalidade e morbidade cardiovascular.
Ela segue um curso progressivo e pode causar infarto agudo do miocárdio,
acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico ou hemorrágico, podendo assim causar
morte prematura. Mas afinal, o que é
SAOS? A SAOS é a desordem do sono mais comum,
caracterizada por uma pusa respiratória provocada pelo colabamento, ou seja, o
fechamento, das paredes da faringe.
O distúrbio ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo
e roncando.
(Google Imagens)
Entretanto essa parada respiratória não acontece apenas
uma vez durante a noite, ou seja, durante o sono existem diversos episódios de
obstrução das vias aéreas superiores. Essas pausas respiratórias podem ser
definidas como paradas (apneias) ou reduções da passagem de ar (hipopineias)
pelas vias aéreas superiores. Tanto a apneia, quanto a hipopneia culminam com
um microdespertar, devido à baixa quantidade de oxigênio inspirado pelo
indivíduo. Vale ressaltar que indivíduos obesos possuem mais risco de
desenvolver SAOS quando comparados com indivíduos de peso normal.
Mas quais sãos os
principais sintomas da SAOS? Ela
produz diversos sintomas, tanto diurnos, quanto noturnos. O ronco, que é o
ruído produzido de forma involuntária durante o sono, causado pela vibração da
úvula, palato mole, epiglote e língua, é o principal sintoma noturno da SAOS, além
de existirem outros, como a sudorese e o sono agitado com vários episódios de
despertar, que o paciente pode lembrar-se ou não. Já no que diz respeito aos
sintomas diurnos destaca-se a cefaleia matinal, ou seja, forte dor-de-cabeça, a
hipersonolência, falta de disposição, déficit de atenção e de memória, alterações
de personalidade, ansiedade, sintomas depressivos e redução da libido.
CURIOSIDADE: Os
pacientes com SAOS, por exemplo, são sete vezes mais sujeitos aos acidentes de
trânsito do que a população geral na razão direta da gravidade da apneia.
Como se faz o diagnóstico da SAOS? Como
o dentista pode contribuir no diagnóstico e no tratamento? O
exame clínico, que pode ser feito pelo cirurgião-dentista, é o primeiro passo
para o diagnóstico da SAOS, afinal os pacientes apresentam queixas como fadiga,
sonolência exacerbada, diminuição de libido e impotência, dentre outros.
Entretanto, como já foi relatado, os pacientes podem ou não se lembrar dos
episódios de despertamento, daí a importância de também se fazer a anamnese com
o cônjuge/companheiro. Algumas características físicas também podem contribuir
para o diagnóstico da SAOS pelo dentista: a retrognatia, ou seja, mandíbula
curta, e palato mole redundante, que é um sintoma de pacientes que possuem
respiração oral.
Caso
haja suspeita clínica de SAOS, é importante a realização de estudos
complementares, como a polissonografia. A polissonografia é o exame mais
indicado para o diagnóstico de SAOS e de sua gravidade, ela é feita durante uma
noite de sono, com monitorização contínua, a fim de caracterizar a quantidade e
a qualidade do sono do indivíduo.
Outra
maneira que o dentista pode fazer uso para diagnosticar a síndrome da apneia
obstrutiva do sono é a Cefalometria, onde são medidos os itens esquematizados
na figura 1: SNA, SNB, MP-H, PNS, PAS, dentre outros.
(BALBANI, A. P. S.; FORMIGONI, G. G. S.)
No
que se refere ao tratamento da SAOS, pode ser dividido em três categorias:
clínico, comportamento e cirúrgico. A escolha do mais adequado dependerá da
gravidade da apneia e dos seus efeitos. A finalidade do tratamento é promover
uma oxigenação noturna normal, reduzir ou acabar com o ronco e eliminar o sono
fragmentado.
O diagnóstico e tratamento da SAOSS não devem ser negligenciados, pois como já foi mencionado, ela aumenta o risco de hipertensão arterial (pressão alta), acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, diabetes e acidentes de trabalho e trânsito (em razão da sonolência excessiva).
O tratamento comportamental consiste na
eliminação de fatores de risco, por isso é necessário: perder peso, evitar a
ingestão de álcool no período noturno, pois o álcool reduz o tônus muscular das
vias aéreas superiores e prolonga a apneia, pois retarda o mecanismo de despertar,
evitar o uso de sedativos, tratar hipotireoidismo, tratar rinites ou outras
causas de obstrução nasal.
O tratamento clínico pode se dar através
de uso de fármacos que induzam a ventilação, ou através de dispositivos que
mantenham a via aérea livre. Em 1981 foi introduzido o CPAP nasal, que é uma
máscara para pressão positiva contínua da via área.
(Google Imagens)
Já no que diz respeito ao tratamento cirúrgico, o cirurgião-dentista, especialista em cirurgia buco maxilo facial pode contribuir de maneira importante para solucionar a SAOS, através da cirurgia ortognática, onde o paciente, que geralmente é retrognata irá se submeter a um avanço de mandíbula, o que dará mais espaço para as vias aéreas superiores.
Everton Cavalcante
BALBANI,
A. P. S.; FORMIGONI, G. G. S. Ronco e síndrome da apneia obstrutiva do sono. Revista da Associação Médica Brasileira, v.
45, n. 3, p. 273-278, 1999.
BURGER,
R. C. P.; CAIXETA, E. C.; DI NINNO, C. Q. M. S. A relação entre apneia do sono,
ronco e respiração oral. Revista CEFAC, v.
6, n. 3, p. 266-271, 2004.
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