Fala, galeraaaaa! Aqui é o
Morais, hoje o assunto do blog ficou por minha conta e vou postar sobre um
assunto que é curiosidade para muitos acerca do seu tratamento (e também da sua
etiologia), que é a Fissura Labial e a Fenda Palatina, conhecidas popularmente
como lábio leporino.
São malformações congênitas que
ocorrem durante o desenvolvimento do embrião e começam sempre na lateral do
lábio superior, dividindo-o em dois segmentos. Essa falha no fechamento das
estruturas pode restringir-se ao lábio ou estender-se até entre os dentes
incisivo lateral e canino, atingir a gengiva, o maxilar superior e alcançar o
nariz.
Na fenda palatina, a abertura
pode atingir todo o céu da boca e a base do nariz, estabelecendo comunicação
direta entre um e outro. Pode, ainda, ser responsável pela ocorrência de úvula
bífida (a úvula, ou campainha da garganta, aparece dividida). No entanto, às
vezes, essa variação de tamanho é pequena, o que gera algum atraso no
diagnóstico. Aqui embaixo estão alguns exemplos.
Ainda
não se conhecem as causas dessas anomalias, que podem afetar um ou os dois
lados da região orofacial, ocorrer isoladamente ou em conjunto, ou ser um dos
componentes de uma síndrome genética. Sabe-se, entretanto, que os seguintes
fatores de risco podem estar envolvidos na sua manifestação: deficiências
nutricionais e algumas doenças maternas durante a gestação, radiação, certos
medicamentos, álcool, fumo, e hereditariedade.
Diagnóstico e Tratamento
O que
cresceu foi o número de diagnósticos e a taxa de sobrevida dos portadores. A
ultrassonografia tornou possível fazer o diagnóstico das fendas labiopalatinas
a partir da 14ª semana de gestação.
As fissuras labiopalatinas não
são alterações de caráter estético, apenas. São a causa de problemas de saúde
que incluem distúrbios respiratórios, de fala e de audição, má nutrição, infecções
crônicas, alterações na dentição etc. Da mesma forma, elas provocam problemas
emocionais, de sociabilidade e, em especial, de auto-estima. Por isso, é de
suma importância que aconteça uma abordagem multidisciplinar, isto é, a
participação de especialistas de diversas áreas, e é aí que está a participação
essencial da Odontologia.
As
especialidades que podem tratar de forma transdisciplinar essa desordem são:
Ortodontia, Cirurgia Buco-maxilo-facial e Odontopediatria.
O fechamento completo é
realizado em etapas, a fim de assegurar a integridade do arcabouço ósseo e a
funcionalidade da musculatura de oclusão, assim como para evitar a deficiência
de respiração. Em geral, primeiro se fecha o palato ósseo anterior para
alongá-lo, para depois dar continuidade ao tratamento. É importante que seja
feita em fases para não afetar o crescimento do osso nem prejudicar a fala. O
acompanhamento odontológico e ortodôntico é, também, extremamente importante para
assegurar a qualidade da alimentação dessas crianças enquanto não fazem a
cirurgia. Enquanto esperam pelo final da reconstituição, as crianças usam um
aparelho ortodôntico, que cobre a fenda palatina e permite que se alimentem.
Morais Neto.
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